O Ortopedista é o médico especialista em diagnosticar e tratar os problemas do sistema locomotor, conhecido também como sistema musculoesquelético, que é essencial para o suporte e movimento do corpo e o conhecimento do sistema musculoesquelético é essencial para prática da medicina. Neste sistema incluem-se os ossos, as articulações, os músculos, os tendões, os ligamentos e os nervos, localizados nos membros (esqueleto apendicular) e na coluna vertebral. O ortopedista e traumatologista utiliza uma vasta gama de possibilidades diagnósticas e terapêuticas, e cada tratamento empregado é individualizado por paciente, de modo que tratamento de determinada patologia pode variar entre diferentes pacientes.
Tratamentos de fraturas, por exemplo, podem ser realizados por talas gessadas, aparelhos gessados fechados, órteses e cirurgias, ou a combinação de mais de um método.
As terapias indicadas, portanto, vão desde a prescrição de medicações, tipóias ou órteses para o paciente adquirir, reduções e imobilizações gessadas (em sala adequada para tal) e cirurgias, que devem ser realizadas em ambiente seguro, com salas de cirurgias providas de equipamentos indispensáveis, como encontramos no Hospital Aliança (artroscopia, arco cirúrgico digital, mesa cirúrgica ortopédica, instrumentais específicos e equipamentos de manutenção da vida).
Karam, F. C. & Lops, M. H. I. Ortopedia: origem histórica, o ensino no Brasil e estudos metodológicos pelo mundo. Scientia Medica, Porto Alegre: PUCRS, v. 15, n. 3, jul./set. 2005
Hospital Aliança de Piripiri, manuais internos, 2024
Avaliação dos tendões regionais, conhecidos como manguito rotador. Detecção de derrame articular e/ou bursites
Detecção das chamadas epicondilites, comuns na prática de determinados esportes, como tênis ou golfe e também e trabalhadores com esforços repetitivos ou com excesso de carga/peso;
Pesquisa de tenossinovites, que são inflamações dos tendões e bainhas que os revestem;
Pesquisa de lesões tendíneas flexoras e extensoras, espessamento de polias (dedo em gatilho), inflamações articulares;
avaliação de tendinopatias glúteas, derrames articulares, bursopatias, lesões labrais;
avaliação dos tendões e ligamentos externos do joelho. Detecção de derrame articular;
Avaliação de lesões musculares, como distensões ou estiramentos.
avaliação de tendões, como o do calcâneo (aquiles) e ligamentos
avaliação de tendões flexores e extensores, neuromas e fascites plantares.
É uma técnica médica que aliada as mais novas tecnologias, é utilizada para tratar diversas condições musculoesqueléticas, principalmente para tratar dores crônicas. Não há relação com choques ao paciente, o que essa técnica utiliza são ondas de pressão.
As ondas de pressão de alta energia são eficientes para alívio de dores tanto musculares quanto articulares.
Promovem uma regeneração tecidual por meio de processo chamado MECANOTRANSDUÇÃO.
Significa dizer que as células ou tecidos da região afetada recebem esse estímulo de força mecânica (pressão) promovendo adaptações, reparo ou crescimento tecidual dos tendões, músculos e ossos. No processo há produção de colágeno e aumento do fluxo sanguíneo.
É utilizada para tratar lesões ósseas, músculos e tecidos moles, incluindo tendinopatias crônicas, bursites, osteonecrose de quadril, dores musculares, pontos de gatilho (trigger points) e algumas neuropatias. Em relação às áreas anatômicas do corpo, é eficaz em lombalgias e cervicalgias (associadas ou não a transtornos de discos intervertebrais), epicondilite lateral e medial de cotovelo, tendinopatias do manguito rotador (ombro), bursite trocantérica, tendinopatia dos glúteos, pontos gatilhos ou dor miofascial, necrose óssea avascular sem desvio articular, fratura por estresse, canelite do corredor, pubalgia com tendinopatia de adutores, fascite plantar com ou sem esporão de calcâneo, tendinopatia calcárea de ombro, tendinopatia posterior do calcâneo ou do aquiles, tendinopatia patelar, pseudoartroses e retardo de consolidação de fraturas.
O protocolo de tratamento varia dependendo da patologia específica, mas, em geral, é composto por 3 a 6 aplicações com intervalo semanal. É um tratamento não invasivo e, em geral, não requer anestesia local ou sedação, e não deixa cicatrizes.
Apesar de que os pacientes possam apresentar uma melhora imediata após cada seção, o efeito da terapia é alcançado após dois a três meses devido ao processo de resposta biológica posterior ao tratamento.
Simplício, C. L. Tratado de ondas de choque. Editora Alef. 2022
Resolução 1.634/2002 do Conselho Federal de Medicina
Resolução 2.116/2015 do Conselho Federal de Medicina
Lei 12.842/2013
As infiltrações articulares e peri-tendíneas são procedimentos médicos com objetivo de melhoria da dor, facilitar a capacidade de cumprir reabilitação e fazer exercícios, retardar a evolução de determinadas patologias e a melhora do condicionamento e status funcional.
Os pacientes que mais se beneficiam de infiltração articular são aqueles com artrose leve a moderada, com sintomas de dor ou inflamação que estejam dificultando a realização de atividades do dia-a-dia, exercícios e reabilitação. Por outro lado, em patologias miotendíneas podem acelerar a recuperação, fomentar a analgesia, prover melhoria da amplitude de movimento.
As infiltrações articulares e peritendíneas podem ser feitas com aplicação direta da substância (geralmente Ácido Hialurônico) ou guiadas por meio de imagens (ultrassonografia e radioscopia digital). Normalmente são bem toleradas, e algum desconforto leve após o procedimento pode ocorrer. O local de aplicação deve estar limpo, sem sinais de infecção ou ferimentos.
Resolução 2.221/2018 do Conselho Federal de Medicina
Parecer 005/2023 do Conselho Federal de Medicina
Silver, T. Infiltrações Intra-articulares e de Tecidos Moles. Editora Mayo. 2002